segunda-feira, 21 de junho de 2010

Um tempo parado

Desculpem esse tempo sem atualização da blog. As ocorrências foram tantas e tão rápidas na Vivenda do mundo real que mal tive tempo de colocar a conversa em dia por aqui. Tudo bem que um pouco de preguiça também colaborou para falta de atualização. Vou tentar voltar à ativa com as postagens e para que a gente não deixe a peteca cair vou dividir com outro moredores da vivenda a responsabilidade de postagem no blog. Abs

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Da janela lateral. Do quarto de dormir.







De tão perto, quase se pode tocar. Mas ouve-se o barulho do vento e da chuva nas suas folhas. Essa é a paisagem que vejo da minha janela. Os olhos se enchem de um deslumbramento. Força e beleza em uma combinação artística de cores.
Daí só falta a assinatura do Criador no canto da pintura.


Flores

Zélia DuncanComposição: Fred Martins e Marcelo Diniz

Flores para quando tu chegares
Flores para quando tu chorares
Uma dinâmica botânica de cores
Para tu dispores, pela casa

Pelos cômodos, na cômoda do quarto
Uma banheira repleta de flores
Pela estrada, pela rua, na calçada
Flores para mim
Flores pros meus braços
Ofertá-las para parabenizar-te
Flores quantas flores, forem necessárias
Pra perguntares pra que tantas flores


Uma banheira repleta de flores

Pela estrada, pela rua, na calçada
Flores no jardim
Pétalas ao vento, para tu contares
Para além dos nomes, que possam dizê-las
Flores pra compores
Metaforazantes, de comê-las

Para quando tu chegares
Flores para quando tu chorares
Uma dinâmica botânica de cores
Para tu dispores, pela casa

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Os novos habitantes da Vivenda



Essa semana os novos habitantes da Vivenda chegaram por aqui. Na verdade, voltaram. Dessa vez para uma casa nova. Podre de chic e bonita.
Tonho (meu irmão) Katia, Matheus e Marina - Capuccino e Cenourinha (os dois últimos, cachorros)
Com amor no coração, escrevi isso pra eles e gostaria de compartilhar:

Sejam bem vindos
Talvez não saibam, mas esperei por esse momento mais do que vocês mesmos. Esperei pacientemente que chegassem. Via todo dia a movimentação e rezei algumas boas noites pra que viessem. Por quê? Por que não acredito em felicidade solitária e sem luta.
Minha crença primordial é que fui fadada à felicidade, mas nunca achei que isso devesse ficar só pra mim. Temos alguns fantasmas e pedras para lutar. Isso é fato, é quase lógico.
Que bom que faremos juntos a construção da alegria, dos momentos bons, da beleza.
Agora estão aqui. Não tão do lado, mas muito perto. Que saibamos que temos famílias constituídas isoladamente, mas somos também uma família em construção. Com sonhos e suas realizações por vir.
Que cada vitória seja compartilhada conjuntamente. Que possamos, quando necessário, dividir nossas dúvidas e incertezas. Compartilhar. Essa é a palavra. E minha palavra pra vocês é que tenham uma família abençoada, filhos com saúde e uma casa cheia de bênçãos e de Deus dentro dela.
Temos mais do nosso lado do que longe.
Que saibam aproveitar cada amanhecer, cada vento no rosto e chuva na costa.
Sejam bem vindos todos os dias. E todos os dias sejam felizes para todos nós.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Ultrapassando os muros da vivenda

Todo mundo fala, reclama, critica, mas de fato nada de muito concreto acontece com o trânsito de Belém. Todo dia a mesma coisa. Fluxo lento sem causa plausível e em horários indeterminados. Mas o pior de tudo é que vamos acostumando, vamos levando como se fosse a coisa mais natural do mundo. Na verdade, aprendemos a nos acostumar com o erro. Com o injustificável. Com a culpa que um grupo político joga no outro enquanto nada é feito de verdade.
Belém tem disso.

domingo, 31 de janeiro de 2010

Laços de amor

Esse e um tempo em que os laços de amor dão flores. Sei que parece uma metáfora, mas é assim mesmo que se chamam essas plantas. Mamãe tinha verdadeiro fascinio por elas. Como não ter? O entrelaçamento que suas folhas fazem, formam de fato laços de diferente tamanhos. Suas flores são extremamente delicadas. Talvez essa metáfora tenha lá o seu sentido. Já se vão oito meses da partida da mamãe e ainda, lá dentro, vão brotando nuances de saudade. Quando olho para elas, fico imaginando o que ela diria. Muito provavelmente não acataria o modo como venho tratando delas ainda que possa parecer o modo correto. Mas acho que não está. Mamãe sabia exatamente o que fazer com plantas. Mamãe sabia exatamente como criar e cuidar de laços de AMOR.
E lá se vão 8 meses...

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Todo dia é dia de um olhar novo sobre as pessoas e seres da Vivenda. Para os viajantes, retomar o olhar sobre um lugar que há muito não se vê, é revelador. Phelipe tá morando em SP e após quase 1 ano, talvez mais, veio de férias e se depara com o seu lugar. Seu quintal, sua casa, suas lembranças da infância.
O que veio com ele ficou e foi levado.
Aqui, um pouco das suas impressões e poesias visuais.
Se ele me permite, me dei o direito de nomear as fotos da sua galeria

1. A aranha na orquídea
2. o cabo com flor
3. Jenifer, a menina lá do fundo

Depois da tempestade...


Acho que a chuva tem esse papel.

Lavar o dia para torná-lo mais limpo instantes depois. Após todo aquele aguaceiro, o sol brotou feito feito uma flor no vaso. Uma tarde magnífica nos presenteou com seus mistérios de cores e sombras.
Corremos para a terra e tentamos fazê-la mais bonita. Até quem tava de folga deu o ar da sua graça.As SOCORROS puseram as mãos nas palmas e
fizeram sua parte. Entre cafés, risos, folhas e frutos levamos nossa tarde como quem agradece a Deus o presente

A tempestade...



Ontem a chuva torou por aqui. Sei que a cidade sofreu com os alagamentos, pois foram 9 horas ininterruptas de água. Na Vivenda, isso é um espetáculo à parte. Dormir com esses pingos lá fora é um bálsamo, ao mesmo tempo, perdê-lo, um sacrilégio. Folhas, água, terra... E a vida vai escorrendo por canais da nossa alma.
A Bolota esse ano foi bem comedida em se tratando de barrigada. Foram nove no total. Normalmente nascem acima de 10. A última dela foi uma barrigada de 13 cachorrinhos. Ela, definitivamente encarna o termo cadela como nenhuma outra. Bem, tudo estaria certo se, além disso, uma agregada não aparecesse por aqui fazendo charme e seduzindo todos os habitantes da Vivenda. A principal vitima da cadelinha foi a Socorro. Peralta, assim como veio, se foi. Continuamos aqui, aguentando os urros ensurdecedores de nove cachorros e de uma cachorra pra lá de desnaturada.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Desde que a gente se entende, o quintal de casa sempre foi cheio de bicho. Bicho que a nossos pais criavam ou bichos que a nossa imaginação de criança, visualizava. Graças a isso, até hoje mantemos essa ligação com eles. Tanto com os reais quanto com os imaginados seres. Pai e mãe se foram, mas eles continuam por lá, enchendo o quintal de uma vida que acompanha gerações. Acho que a gente continua criando porque não gosta de esquecer ou simplesmente porque continua criança. Uma gente cheia de coisas na cabeça.
A mesa mesmo grande parece que nunca cabe todo mundo. Isso faz tempo, sempre foi assim. E esses domingos se repetem como um filme parado no tempo. Hoje meio sem direção, mas parece que todo mundo sabe exatamente o que fazer. Seu lugar, suas falas. E todo domingo é assim.

Tem dias que a gente se sente...

A gente vai vivendo assim. Rindo, dançando, amando, compartilhando.
Em um dia de domingo. Essa é a familia Paraense.